Conteúdo organizado por Renato Cividini Matthiesen em 2022 do livro E-commerce: conceitos, implementação e gestão, publicado em 2016 pela Editora InterSaberes.
Modelos de negócios para e-commerce
Tenha uma ideia, faça-a ficar divertida e acrescente mais alguma coisa, pois do contrário, ela ainda será apenas uma ideia. Esse é o Jack Mágico”.
Jan Van der vem em Clark (2019, p. 46) citando Jack Ma.
Muitos são os modelos ou categorias de negócios que fazem uso de ambientes digitais e da Internet para sua operacionalização.
De acordo com Belmiro (2012, p. 88), “há diversos modelos de negócios para a internet, que complementam os formatos de lojas virtuais e trazem formas de interação e promoção de produtos e serviços por meio de redes de computadores e, principalmente, com a internet como estrutura de interação.'' Apresenta-se a seguir, alguns modelos de negócio relacionados ao e-commerce.
Figura 1 – Modelos de negócio para Internet
Fonte: elaborado pelo autor (2022)
A terminologia que caracteriza diferentes modelos de negócios eletrônicos é bastante grande e não é limitada às apresentadas ou tipos de negócios baseados na Internet acima apresentados. Novos conceitos surgem periodicamente e deverão ser ampliados mediante ao cenário de inovações e novos negócios eletrônicos.
Podemos notar que consumidores estão aceitando o consumo de produtos e serviços eletrônicos de forma mais natural nos últimos anos, mesmo porque parte dos serviços foram digitalizados. Veja o que nos mostra Galloway (2017) a respeito do consumo de serviços oferecidos pela Amazon por famílias americanas na figura 2.
Figura 2 – Porcentagem de famílias norte-americanas que assina a Amazon Prime
Figura: adaptada de Galloway (2017, p. 28)
O Google é atualmente uma das maiores organizações empresariais da atualidade, com sua marca no topo das cinco maiores do planeta segundo o Interbrand e a décima terceira em valor de mercado em capital aberto segundo a Forbes. Para conferir as empresas mais valorizadas no planeta, aproveite e visite os sites a seguir:
Link 1: Interbrand. https://bit.ly/3cotdU7. Acesso em: 22 jun. 2022.
Link 2: Forbes. https://bit.ly/3PQPwQG. Acesso em: 1 jul. 2022.
O comércio eletrônico ou e-commerce é uma modalidade de negócios em que as transações comerciais passaram a utilizar sites integrados (considerando o modelo de negócios eletrônicos mais recentes – 20 anos – baseados na Internet) com sistemas bancários e fornecedores de produtos dentro de uma cadeia de negócios integrados. Stefano e Zattar (2016) nos mostram diversos benefícios desta modalidade de negócio:
Lopes (2019) nos lembra que é possível utilizar formatos diversificados de lojas virtuais junto aos modelos de negócio que fazem uso do comércio eletrônico (e-commerce), independente de plataformas de acesso e também considerando que estes modelos podem ser híbridos. São eles: loja virtual, loja adaptada e customizada, marketplace, compra coletiva e clube de compras. Vamos conhecer um pouco mais sobre estes modelos.
Lojas virtuais focam na venda de produtos e serviços e no relacionamento com o cliente de diferentes formas. Para conseguirem atrair a atenção dos clientes, estratégias de marketing são utilizadas nos ambientes virtuais de busca, de notícias e redes sociais. Algumas estratégias baseiam-se na utilização de sites transacionais, que permitem todo processo de compra, pagamento e pós-venda on-line. Vejamos algumas formas de promoção de produtos e serviços:
O e-commerce apresenta uma diversidade de modelos de negócio e modelos de operação de vendas.
Ele vem se difundindo e ampliando suas fronteiras e deverá também ter maior crescimento após mudanças mercadológicas, ocorridas no ano de 2020 pela restrição de mobilidade e relacionamento físico.
O plano de negócios de um empreendimento digital pode ser analisado através de seu Business Model Canvas. A seguir, dois negócios estruturados de negócios digitais em Business Canvas:
Qual o modelo de negócio da Netflix? | Business Canvas.
Link 2: https://youtu.be/ay7ixMfZGGY. Acesso em: 1 jul. 2022.
Qual o modelo de negócio da Airbnb? | Business Canvas.
Link 3: https://youtu.be/dj6U7w9Rc7k. Acesso em: 1 jul. 2022.
Duas são as principais categorias de negócios e logística, B2B (Business to Business) e B2C (Business to Consumer). Estas categorias acabaram por ser expandidas no contexto do comércio eletrônico, levando a uma diversidade de terminologias que identificam diferentes formas de se desenvolver e distribuir produtos e serviços junto a sistemas eletrônicos e Internet.
Para Stefano e Zattar (2016), o e-commerce abarca o B2B (Business to Business) e B2C (Business to Consumer), operações e processos de negócios, C2C (Consumer to Consumer) e B2G (Business to Government). O e-business provou mudanças também no setor público, como nosso último exemplo, fazendo surgir o conceito de e-government. Existem, como dito, outras modalidades de interação entre clientes, fornecedores e instituições que fazem uso dos conceitos de e-business e e-commerce já definidas e outras ainda que deverão ser criadas em um futuro próximo.
Vejamos algumas das principais categorias de e-business organizadas e apresentadas por Stefano e Zattar (2016).
Mas, vejamos então as categorias classificadas conforme o relacionamento direto entre partes de uma negociação ou comércio, conforme nos apresentam Stefano e Zattar (2016) e Laudon e Laudon (2014).
O SEBRAE é uma instituição de fomento ao empreendedorismo, que nesta nova era digital está fortemente relacionado a modelos de negócios eletrônicos baseados em e-commerce e e-business. Leia o Guia rápido para começar a vender pela internet de 17 de março de 2022.
Link: https://bit.ly/3PMlHkh. Acesso em: 1 jul. 2022.
Finalizamos com uma frase de dois importantes autores da área de administração de sistemas de informação, O'Brien e Marakas (2013, p. 335) que nos dizem: “o e-commerce está mudando a maneira de competir e a velocidade da ação, além de simplificar o fluxo de interações, produtos e pagamentos de clientes para as empresas e destas para os fornecedores”.
Nesta aula, tivemos a oportunidade de conhecer alguns modelos de negócio para e-commerce. Vimos que alguns modelos são: loja virtual, corretora de transações, portal, criadores de mercado, provedor de comunidade virtual, provedor de conteúdo e provedor de serviços. Conhecemos alguns modelos aplicados especificamente ao e-commerce como: Loja virtual, marketplace, loja adaptada, compra coletiva e clube de compras. Para finalizar, vimos algumas as categorias de e-commerce: B2B, B2C, C2C, C2B, G2C, B2E, B2G, C2G E O2O.
Referências
Bibliográficas
Belmiro, João N (2012). Sistemas de informação. São Paulo: Pearson.
Clark, Duncan (2019). Alibaba, a gigante do comércio eletrônico: o império construído por Jack Ma, 1. ed. Rio de Janeiro: BestSeller.
Galloway, Scott (2017). Os quatro: Apple, Amazon, Facebook e Google. São Paulo: HSM.Laudon, Kenneth, C.; Laudon, Jane, P (2014). Sistemas de Informação Gerencial. 11 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil.
O´Brien, J. A.; Marakas, G. M (2013). Administração de Sistemas de Informação. 15. ed. Porto Alegre: AMGH.
Lopes, Aimar Martins (2019). Concepção de produtos: MVP – produto mínimo viável, business model canvas, personas. Londrina: Editora e Distribuidora Nacional SA.
Stefano, Nara.; Zattar, Izabel Cristina (2016). E-commerce: conceitos, implementação e gestão. Curitiba: Editora InterSaberes.
Livro de Referência:
E-commerce: conceitos, implementação e gestão
Nara Stefano, Izabel Cristina Zattar
Editora InterSaberes, 2016